sexta-feira, julho 28, 2006

Isto é grave

Os E.U.A. rejeitaram a declaração do Conselho de Segurança que condenava Israel pelo bombardeamento do posto de Khiyam da UNIFIL, Força Interna da ONU para o Líbano, que resultou na morte de quatro observadores (Canadá, Áustria, China e Finlândia)

Kofi Annan já se tinha queixado que este ataque ao "seu" posto de observação havia sido deliberado. Por isto, deve entender-se que o secretário-geral das Nações Unidas considera que fará parte da estratégia israelita mover guerra às Nações Unidas.

O míssil teleguiado usado no ataque foi fornecido pelos E.U.A., país que recusa o cessar-fogo na região.

Conclui-se que, por acordo tácito, faz parte da estratégia americana fazer guerra às Nações Unidas.

E agora, José?

quinta-feira, julho 27, 2006

... Outra na ferradura

Na semana em que os Estado Unidos se recusavam a exigir o cessar-fogo imediato no Líbano, o ministério de defesa britânico anuncia que dois airbus americanos carregando várias toneladas de bombas com destino a Israel fizeram escala em território nacional sem a devida autorização.

E o genocídio em curso no Sudão?

Quase meio milhão de pessoas (número de Abril de 2006) mortas pela milícia Janjaweed e pelo governo sudanês na região de Darfur.

Se calhar, por os assassinos serem tão muçulmanos quanto as suas vítimas, já não há "perdas civis" a lamentar.
E se calhar por serem "pretos" também ninguém se escandaliza.

quarta-feira, julho 26, 2006

O cessar-fogo visto pelos israelitas


A posta deste auto-didacta é, para variar, imbecil (até porque vem elogiada por estes) e atira completamente ao lado: não há qualquer sinal de radicalismo com perigo de ascensão em Israel. Pelo contrário, as reacções israelitas seguem uma lógica, maquiavélica talvez, mas puramente militar.

O objectivo israelita é bastante concreto: "limpar" tanto quanto possível a zona de bases do Hezbollah e obrigar a comunidade internacional a legitimar a reocupação de parcelas do sul do Líbano para que aí se reestabeleça um perímetro de segurança ao norte (1).

Mesmo após a retirada das IDF do Líbano, em 2000, e enquanto o mundo desviava os olhos para o que acontecia em Gaza, os cães raivosos do Partido de Deus continuaram a sua guerrilha contra o estado judaico, num não-mata-mas-mói de rockets atirados ao acaso sobre o norte de Israel.
Só quem não viu isto não consegue entender que os israelitas não iriam esperar muito mais tempo por uma intervenção do governo libanês ou das NU para a dissolução definitiva da milícia xiíta (como determinado pela resolução 1559/2004).

Do ponto de vista militar, a única solução era clara mas politicamente tornava-se complicada de executar. As IDF tinham (e têm) capacidade de invadir o Líbano quando quiserem mas haveria maior interesse que a ocupação dos territórios fosse sancionada e, se possível, efectuada por forças neutras.

A clara "desproporcionalidade" da reacção foi o meio de atingir esse fim, até porque uma intervenção dita "cirúrgica" não surtiria efeito a longo prazo, pois para uma guerrilha com livre implantação no terreno, o ressurgimento é rápido.
Pelo contrário, os bombardeamentos sobre todo o território libanês permitiram a Israel primeiro, castigar o governo daquele país pela sua inoperância e mostrar a outros interessados a sua capacidade militar e, em segundo lugar, preparar a mini-invasão terrestre que obrigaria a comunidade internacional a enviar as tais forças da ONU ou NATO para a região de que agora todos falam...

Haverá muito ódio à solta por aqueles lados mas em questões de estratégia, nem árabes nem judeus deixam o coração governar a cabeça, independentemente daquilo das "opiniães" que alguns analistas de pacotilha possam ter mas fazendo sempre o maior uso possível dos idiotas úteis que apareçam.

imagem "A new design for the flag of the state of Israel", (c) Shimon Tzabar (2002)
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(1) A estratégia, aliás, é decalcada do passado, no caso um território minúsculo na confluência das fronteiras israelita-libanesa-síria conhecido como "Sheebaa Farms".

domingo, julho 23, 2006

O "mercado", a globalização e a Chantagem

Tenho ouvido várias pessoas queixar-se que para vencer hoje concursos, as empresas praticamente fazem o trabalho quase de graça, ou mesmo de graça.

Isto aplica-se principalmente a concursos lançados por outras empresas.

Como é que se ganha dinheiro hoje em dia, ou quem?

Existem outras formas mas as empresas que vendem produtos de grande consumo continuam a vender bem, enquanto que reduzem os custos com fornecedores.

Empresas de electricidade, telecomunicações e coisas assim são as que mais ganham ( para além dos produtores de matérias primas e outras commodities ).

Percebem porque é que querem privatizar as águas?

A razão para esta situação reside no facto de haver muito menos fornecedores do que clientes, ao contrário do que acontece com os fornecedores destas empresas, geralmente em maior número que as próprias empresas.

Nunca como agora foi tão bom ser grande.

Esta situação leva a uma "feudalização" do mundo em que vivemos.

Os "feudos" são as grandes empresas e os privilegiados são aqueles que nelas trabalham ( porque aí os empregos são para toda a vida ).

Os desgraçados são os outros.

Entretanto o comum dos mortais é presa de uma chantagem: tem custos fixos a suportar que não vão parar de crescer. Mas se não trabalhar numa grande empresa cada vez mais terá de trabalhar mais para ganhar cada vez menos.

Exerce-se assim na prática uma chantagem das empresas referidas sobre o remanescente da sociedade.

A vingança contra a classe média ocidental continua, e é implacável.

Globalização II

Uma empresa Europeia construiu uma obra de engenharia colossal numa das maiores economias emergentes.

O governo do país Europeu pagou a construção e desenvolvimento da dita obra na esperança que a economia emergente ( e outras ) quisesse comprar mais obras semelhantes.

O governo da economia emergente não aceitou a obra e não pagou a sua parte baseado na existência de defeitos ( menores ) na obra. Mas pô-la a uso, claro.

Alguns meses depois, cópias ilegais da mesma obra, feitas por empresas locais, começaram a ser compradas pelo astuto governo.

Globalização I

O responsável de uma empresa Nórdica gabava-se de que a sua empresa não negociava em certos países, apesar de serem bastante atractivos, porque aí não se respeitava a propriedade intelectual.

A dita empresa tinha acabado de ser comprada por uma empresa Americana.

Um mês depois, não só a nova administração tinha tomado a decisão de produzir os produtos da empresa no dito país como já tinha deslocalizado parte da produção e os utilizadores dos produtos da dita empresa já se queixavam de erros infantis provocados por ignorância e incúria que prejudicavam o funcionamento dos seus próprios produtos.

sexta-feira, julho 21, 2006

Separados à nascença?

Ambos querem a "bomba", ambos desprezam o Conselho de Segurança.
Mas acho que o primeiro não acredita em virgens.
Sieg Heil!

O "direito" ao estacionamento

Anda por aí muita gente preocupadíssima com a recente legislação a aplicar aos parques privados de estacionamento, nomeadamente aquela que permite ao utente pagar ao quarto de hora em lugar de uma hora inteira.

Umas vezes os senhores protestam porque pretendem defender a iniciativa privada - o estacionamento, esse motor da nossa economia - contra, imagine-se, a prepotência com que o governo interfere no seu sagrado lucro; outras, parece que a grande indignação é resultado de temerem (acertadamente) que essa iniciativa privada possa muito bem vir a compensar as tais perdas de lucro indo directamente aos bolsos daqueles que não passam sem andar pela cidade de cú tremido.

Não poderia haver melhor exemplo em que a propalada ideologia se casa perfeitamente com o interessezinho pessoal.

quinta-feira, julho 20, 2006

Ah, pois é... (parte B)

Apesar dos esforços chineses para suavizar o texto da resolução, a Coreia do Norte mostrou-se irritada com a condenação aos seus testes de lançamento de mísseis pelo Conselho de Segurança das N.U.: respondeu logo avisando que continuará a aumentar o seu arsenal e ameaçou que as sanções aprovadas por unanimidade poderão sim conduzir a uma Segunda Guerra da Coreia.

Isto foi na segunda-feira e parece-me que não poderiam ter escolhido melhor altura...

Onde estão os soldados raptados?

Segundo um ministro israelita, os bombardeamentos efectuados no Líbano já destruiram metade da capacidade militar do Hezbollah.
A acreditar na realidade deste sucesso, conclui-se que existe uma probabilidade de 50% de que os dois soldados das IDF estejam neste momento espalhados por todo o lado.

Ah, pois é...

"Irão garante mais uma vez que continuará a enriquecer urânio"

in Público, hoje

quarta-feira, julho 19, 2006

Líbano: The Phoney War

Como muito bem recorda Francisco José Viegas ontem no JN, o plano da ONU para a região da Palestina em 1947 previa a divisão da região em dois estados, um judaico e outro árabe. Contudo, esse plano estava prenhe de falácias: nem todos os palestinianos eram muçulmanos e nem a palestiniana Jordânia fazia parte da divisão acordada.
O problema foi assim, logo na origem, dois: a colonização por euro-judeus, i.e., a ressurreição de "Israel" per se; o outro, a criação de novo da própria Palestina pois, mesmo na ausência do primeiro acto, nenhum "vizinho" árabe tinha interesse num novo estado dito palestiniano.

E o que é que o Líbano tem a vêr com isto? Tirando um passado de ocupação do sul pela OLP, hoje em dia nada, apesar da cartilha que alguns bloqueados continuam a repetir por aí e da desinformação generalizada que os média propagam. Mas essa confusão interessa a muitos.

As relações são outras.

A primeira é de semelhança: o Líbano é também um estado que ele pode ser visto como mais-ou-menos artificial mas multi-religioso e multi-étnico e que, na sequência da retirada do exército sírio e dos fantoches que o desgovernaram, cometeu um erro fatal: democratizou-se e prosperou.
Este país ameaçava assim tornar-se num péssimo exemplo para toda a região, em especial para os estados árabes, se ainda por cima tivermos em conta que este progresso se fez com o apoio do Ocidente e apesar da oposição activa de um partido religioso (Hezbollah, o Partido de Deus, com dois ministros impostos por al-Hassad da Síria ao actual primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora).

A segunda é de geografia, sendo o Líbano usado como um território-tampão para ambos os lados: Israel não pode invadir a Síria sem provocar a Terceira Guerra Mundial e o Irão não tem fronteiras aquele país. Com os acordos de paz entre o estado judaico e o Egipto e a Jordânia (que resultaram num nunca acabar de atentados nesses países), resta aos velhos inimigos guerrearem-se na terra alheia de sempre.

A terceira é de oportunidade: Teerão precisava afastar as atenções dos seus planos nucleares, tal como quando criou a "crise" dos cartoons, e não só isto coincide com a verdadeira crise na Coreia do Norte, país com o qual o Irão tem um protocolo de colaboração para o desenvolvimento de mísseis nucleares (e onde já é certa a presença de engenheiros iranianos), como também com o interesse de Putin em desvalorizar a questão do fornecimento pela Rússia de gás natural à Europa, assunto agendado para a reunião dos G8 que se aproximava. Facto este que não parecerá estranho a quem olhar para o mapa e descobrir o trajecto dos gasodutos russos.

terça-feira, julho 18, 2006

Os amigos da onça

"The Syrians, my [arab] friends, will gladly fight down to the last Palestinian Arab."

Youssef M. Ibrahim, antigo correspondente do New York Times no Médio Oriente e editor da secção de energia do Wall Street Journal, 12VII2006

texto integral aqui, via o Insurgente

Como é que é?

E o programa nuclear iraniano?
Como é que é?

sábado, julho 15, 2006

Indignação do dia: G8

Mesmo que a Rússia duplicasse o seu PIB per capita na próxima década ainda estaria abaixo do nível actual de Portugal, USD 19,000.00.
Como é que se admite que o peso de uma economia assim deficiente possa vir a influenciar o estilo de vida dos nossos "finlandeses"?

A resolução 1559/2004 da ONU

O Conselho de Segurança da ONU queria a retirada de todas as forças estrangeiras do Líbano, o desarmamento das milícias, incluindo os xiítas do Hezbollah, e a restauração da soberania do governo libanês sobre o território.

Mas "soberania" é um conceito demasiado vago num país com dois exércitos, dois governos e nenhum estado.

A Síria, que tinha até há pouco tempo governado o Líbano, fez regressar contra-vontade parte das suas tropas mas não retirou totalmente do país. Apesar disto, os optimistas vislumbraram no gesto uma nesga de paz sem pensar que seria impossível de todo desarmar a milícia apoiada por Damasco: não só o governo libanês é ele próprio constituído também por membros do Hezbollah civil como precisaria de um milagre para convencer um exército com um número significativo de xiítas nas suas fileiras a executar a resolução 1559.

Entretanto, e a oeste, apesar dos "raptos" palestinianos e "ataques" israelitas, a verdade é que o Hamas (como se previa após a sua eleição) não deixou de manifestar a intenção de reconhecer a existência do estado judeu (1). As recentes escaramuças entre israelitas e palestinianos seriam, no entanto, o cenário de fundo perfeito para a provocação de novos confrontos na fronteira norte de Israel.

E o que por ali acontece é a "guerra aberta" desejada tanto pelo líder da milícia xiíta Hassan Nasrallah (um lunático raivoso) como pelos conservadores israelitas (uns raivosos lunáticos).

Lentamente, começam a (re)criar-se as condições para o regresso dos militares sírios ao sacrificado Líbano. Tolo será quem não vir nestas manobras uma concertação perfeita com os objectivos de Teerão (2). E o eixo xiíta não encerra aqui o seu ciclo...

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(1) Uso a terminologia comum na imprensa embora não atribua ao estado constituído de Israel o grau secular ou racial que os seus vizinhos muçulmanos atingem: 60% da população nativa jordana, por exemplo, não pode votar, exercer professorado, medicina, engenharia ou advocacia, assumir propriedade de bens imóveis ou meios de comunicação social pelo simples facto de ser palestiniana.

(2) Vêr a posta que se segue.

sexta-feira, julho 14, 2006

Humor inglês

Um membro do parlamento britânico (trabalhistas) que desejou permanecer anónimo saiu-se com esta:

O julgamento de Saddam Hussein acabou e o juíz decidiu-se por aplicar ao ditador a pena de morte por fuzilamento.
Contudo, e numa concessão devida a um antigo chefe de estado, foi permitido ao condenado escolher os executores da sentença. Saddam logo nomeou: Lampard, Gerrard, Beckham, Cole, Rooney, Crouch...

sexta-feira, julho 07, 2006

"Gostava de ter sido eu a escrever isto..."

Inauguro com esta magnífica posta acerca de Vasco Graça Moura essa ubíqua rubrica de tantos blogues.
Mais: a prosa das restantes é de tal recorte que merece passar já a Sabor da Semana.

Gripe em tempos de cólera

Agora que o mundial de futebol acaba, e o ténis de Wimbledon pouca paixão patrioteira desperta entre nós, a gripe dos passarocos volta a atacar os jornais. Ele é de novo estudos de opinião, mergulhões espanhóis aos espirros e coisa e tal.

Relembro: esta é a famosa pandemia que vai matar em três tempos toda a gente que não comprar os tamiflus que apenas os países 'desenvolvidos' têm e que, em três anos de existência, logrou infectar umas assombrosas duzentas pessoas.

Com tanto em que pensar, porque nos haveríamos de lembrar que a cólera, uma doença com vacina e cura, já ceifou desde Fevereiro mais de 2000 vidas em Angola (em quase 49 000 infectados)?

Não se deseja a ninguém mas...

Aconteceu ontem, em Fojo Lobal (Ponte de Lima), no país profundo. Festa de aniversário de um qualquer da aldeia.

"Vamos aos foguetes!", deve ter dito um.

"Mas não é proibido, por causa dos fogos?", desejo eu que alguém terá interposto.

"Aqui quem manda sou eu e festa é festa!", imagina-se, com alguma boa vontade, a resposta do presidente da junta do lugar de cem habitantes, também conviva da patuscada.

Dois minutos depois, a cabeça de onde saira aquela boçalidade rebentava com toda a pompa e estrondo que a decisão merecia.

quarta-feira, julho 05, 2006

O problema

São as equipas que jogam de azul e branco.

Mas o Dorean tem uma solução para isso. :)

terça-feira, julho 04, 2006

O homem menos poderoso de Portugal

Para além de José Sócrates, que outro Português se poderá queixar de que há quem saiba das suas intenções com seis meses de antecedência?

( Sobre a substituição de Freitas do Amaral por Luís Amado - não foi no Portugal-Inglaterra, mas a Inglaterra saíu beneficiada com a substituição )

Chegou a hora

A selecção Portuguesa prepara-se para enfrentar as suas Nemesis.

Ganhará os próximos jogos quem apresentar o jogo mais calculista, quem souber destruir com eficácia o jogo adversário e quem souber aproveitar as mais pequenas oportunidades.

Portugal vai poder demonstrar a competitividade do seu futebol.

Nesta hora lamento que a beleza do futebol Português tenha ficado para trás.

Recordo com saudade a elegância de Paulo Sousa, a fantasia de Rui Costa, a excitação do futebol do Figo jovem, as diabruras de João Pinto, o talento tranquilo e inexcedível de Pedro Barbosa.

Admiro o futebol gazua de Cristiano Ronaldo, o futebol envolvente e enleante de Simão, a eficácia talentosa de Deco, a estratégia do Figo maduro.

Mas é nos britânicos Ricardos, nas virtudes guerreiras de Miguel e na grandeza de Petit que vai assentar o sucesso da selecção.

Depois deste campeonato, há que reinventar o jogo.

Amor à camisola

Já cá faltava a comichão do costume acerca da cor da camisola da selecção.

Eu posso não perceber nada de futebol mas aquele vermelho-puta-traçado-de-verde-fluorescente da farda d'antanho só pode realmente parecer bem a saudosistas dos anos setenta.

Ó camarada Moreira, olhe que não há cor que melhor nos defina que o reguengos (ou outro qualquer - "bordeaux", como lhe chamou, é que não): consegue ser elegante e castiço ao mesmo tempo e ainda faz publicidade ao único produto nacional com o qual a estranja consegue associar-nos.

Para mais, quando se fala de amor à camisola um português que se preze não se põe aí a pensar em sangue mas sim no tinto.

Índia vs. China, 1-1

A China e a Índia reabriram ontem, 3 de Julho, a antiga Rota da Seda no ponto em que esta servia de ligação entre o Tibete e a União Indiana e que estava fechado há 44 anos, data da ocupação chinesa: a passagem de Nathu La, nos Himalaias (4000 metros).

As autoridades prevêem que a nova estrada promova as trocas comerciais entre os dois países e ponha fim ao isolamento daquela área.

Globalmente, o acordo não passa de um reconhecimento tácito da anexação do Tibete pelo governo da RPC.

Com mais de mil milhões de habitantes cada um e taxas de crescimento económico anual de 20%, os dois gigantes aproveitam para mostrar ao mundo uma aproximação territorial que pode representar a formação futura de um bloco económico hegemónico.

Acontece que, e apesar da propaganda óbvia, a imagem que me fica do dia de ontem foi a das obras no lado chinês da dita estrada: o uso de dezenas de homens e mulheres os quais, de cara coberta, passavam de mão em mão as pedras que outros como eles haviam partido da rocha do chão a golpes de martelo. Como provavelmente os seus antepassados de há séculos e séculos devem ter feito inicialmente...

72 virgens


Após confirmada a morte de Abu Musab Al-Zarqawi, o congressista Steve King (Iowa) previu que a sua recompensa celestial
fosse 72 virgens todas elas sósias da correspondente na Casa Branca Helen Thomas (na foto).